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Joana encostada à sua mãe, sentindo o calor protector do seu corpo, sentiu-se transportada para outro mundo. Como que adormecendo no seu estado corpóreo!
Tinha o olhar na Alma que pairava acima de tudo e todos.
Os sonhos eram inventados com mil cores.
Habitava numa casinha de um canto da mente onde cabia o mundo.
Trombetas tocavam enchendo o ar de sons e cores competindo com nuvens e raios de sol que por si passavam.
Os sorrisos tinham o doce sabor da loucura de viver.
Os cabelos esvoaçavam com o vento, carregados do orvalho da manhã.
Tempo que tentava manter.
Nem que fosse no interior de uma lágrima feita de sal em diamante.
Tempo de uma vida.
De toda a sua vida.
Deu dois passos e morreu para a vida.
Para essa vida vivida até hoje mas... renascendo para outra.
Em cada passo dado tinha uma vida vivida.
Recordando todas essas vivências ia vivendo com a Primavera no coração e uma sombra no sorriso.
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Música à sexta
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Antes de se morrer e matar em África, já a PIDE matava há muito em
Portugal. O pintor José Dias Coelho foi assassinado numa rua de Lisboa a 19
e Dezembro ...
Há 6 horas